terça-feira, 10 de abril de 2012

PERSONALIDADE DO CANDOMBLÉ NO RIO GRANDE DO SUL

Yalorixá Fabíola d’Ogum

Sua iniciação aconteceu já desde o ventre da mãe aos 6 meses de idade com a primeira obrigação de segurança de ventre. Isto se deve a que por ocasião do nascimento poderia eu não sobreviver ou ficar viva por apenas alguns meses. 

Desde o inicio estes compromissos religiosos foram feitos sobre a mão arguta e competente da grande Ialorixá Nicola de Xangô, ou mais comumente conhecida como Vó Nicola, uma das mais expressivas Ialorixás da comunidade africanista de Oyó puro. 

Após o nascimento fiz reiteradas vezes a obrigação de aribibó, ou seja, uma obrigação com pombos para a melhora das sucessivas crises de asma que já vinham acontecendo desde a gestação em razão do cordão umbilical estar sufocando-a. 

À medida que os aribibós foram feitos a cada 3 meses de idade tornou-se insustentável a continuidade dos mesmos devido a agressividade das crises asmáticas, razão pela qual aos 3 anos de idade foi feito seu primeiro obori para pai Ogum. 

Em continuidade a este ritual após o falecimento de mãe Nicola sucedeu-se na realização e continuidade dos mesmos minha avó carnal, Mãe Sueli de Obá também filha de vó Nicola. Isto em 1975. 

Desde então a cada ano tem realizado esta obrigação religiosa até o momento em que para a continuidade do axé e perpetuação do Ilê Asè Ti Obá Fumí sob a regência da Ialorixá Sueli de Obá foram exigidos os preceitos de apronte das 2 únicas filhas do ilê sendo ela uma delas. 

No ano de 2006 foram realizados todos os ordenamentos religiosos da nação de Oyó em seu apronte ficando então responsável pela casa de Obá.

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